
Esperei até agora (17:28 pm) para fazer esta edição, porque o site do Diretório Democrático Cubano anunciou que iria divulgar um áudio (ou vídeo) da passeata nos funerais de Zapata Tamayo em Holguín. Entretanto, como eles ainda não disponibilizaram, deixo para outra oportunidade, ou, quem sabe, até fechar esta edição o vídeo já esteja disponível e o coloco no final. Mas haverá outros dois, que não vi circulando pelo Brasil que dizem muito, de uma e outra parte envolvidas neste evento hediondo que vale a pena assisti-los.
Como este fato teve repercussão internacional, com protestos e artigos de repúdio vindos de todos os países livres, os jornalões brasileiros resolveram informar mas com aquele estilo porco de chamar o ditador de “presidente” Raúl Castro. O Pravda Tupinikin (O Globo) foi um dos primeiros a comentar este assassinato ainda ontem mas, como não podia deixar de ser, não ouviu a voz da dissidência. Na matéria eles só ouviram o lado dos criminosos, onde um cínico e nauseabundo alcoólatra Raúl Castro teve a petulância de dizer que “A tortura não existe, não houve tortura e não houve execução. Isso acontece na base de Guantánamo”, referindo-se à base americana, mas os entrevistadores, por serem coniventes e/ou mal informados, não concordaram com ele respondendo-lhe que sim, que há incontáveis presos políticos em várias prisões cubanas em Guantánamo e que sofrem as mais desumanas torturas e maus-tratos, como receberem comida deteriorada e com vermes, dividir cela com ratos e baratas, tomas água infectada e com fezes, etc.
E mais adiante, com a maior cara de pau, este assassino sentencia: “Lamentamos muitíssimo (a morte). Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos”. Para quem não conhece a história destes mártires cubanos, em fevereiro de 2003, aproveitando que o mundo estava com os olhos postos na guerra Estados Unidos x Iraque, Fidel jogou nas masmorras de sua ilha pessoal 75 dissidentes, alegando que todos eles “eram mercenários traidores da pátria” e que “eram agentes da CIA a serviço do Império”. Zapata se encontrava no meio desses “traidores”, daí que os Estados Unidos são os responsáveis pela prisão, tortura, espancamento, negação de atendimento médico e, finalmente, o óbito. E Lula lá, se fingindo de morto, disse que “Se tivessem pedido pra conversar comigo, eu teria conversado com eles e qualquer presidente teria conversado. Não nos recusamos a conversar”. E mais adiante, visivelmente irritado, disse: “Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, eu teria pedido para ele parar a greve e quem sabe teria evitado que ele morresse. Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”. Ora, a questão não é “convencê-lo a parar a greve fome” mas interceder junto à ditadura para que ela libertasse todos os presos políticos, condenados injusta e fraudulentamente! Se Lula tivesse tido acesso aos dissidentes, teria sido gentil e intercederia em favor deles, ou agiria do mesmo modo “intercedeu” pelos boxeadores que buscaram asilo político durante o PAN? Quem não lembra disso? Mas Lula não fez nem fará nunca, porque ele é conivente com todos esses crimes que se cometem em Cuba, na Venezuela, na Bolívia, em qualquer país cujo governante é membro do Foro de São Paulo e ainda mais com o terrorismo das FARC!Por Graça Salgueiro
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